Metadados
Acervo
Documento
Título
Diario do Abax’O Piques
Gênero documental
Técnica de registro
Forma documental
Suporte
Unidade de acondicionamento
0769
Unidade de armazenamento
Data (produção)
1933
Entidade custodiadora
Descrição
ENDEREÇO: Rua 03 de Dezembro, nº 12, 7º andar. Em 30 de set. 1933
muda-se para Alameda Lorena, 119.
CIDADE: São Paulo.
PERIODICIDADE: Semanal.
Nº DE PÁGINAS: 08.
DATAS-LIMITE: 1933.
EXEMPLARES: 21.
REDAÇÃO/RESPONSÁVEL:Alexandre Marcondes Machado
ILUSTRAÇÃO: Contém um vasto repertório de figuras, principalmente com caricaturas de personalidades da época.COLABORADORES: Juó Bananére, Salim Gamons, Pacheco d’Eca, Tebato Nakara (múltiplos heterônimos utilizados por Juó Bananére para falar de uma sociedade marcada pela heterogeneidade, pelo deslocamento e pela desagregação).
CARACTERIZAÇÃO: A primeira parte apresenta, essencialmente, os acontecimentos políticos. Na sequência, traz as seções: “Taka – Shumbo Shimbum”, “Nos arraias do Esporte” (suplemento esportivo).
DESCRIÇÃO: Juó Bananére é uma versão italiana do João Bananeiro, o vendedor de banana do cotidiano das ruas de São Paulo. Este foi o pseudônimo adotado por Alexandre Marcondes Machado. A deformação linguística vista no periódico imitava o falante, não letrado, brasileiro ou italiano, que deturpava as palavras. Bananére, em seu Diário, faz crônicas impiedosas sobre homens políticos em geral, sobretudo no período da campanha civilista. Fala de ressentimentos e até de preconceitos sociais num momento em que tudo convergia simbolicamente para um nacionalismo disseminado.
Trata dos eternos problemas de corrupção e de escândalos financeiros. Pode-se dizer que Juó Bananére pinta um sugestivo quadro da Belle Époque paulistana, alimentada pela alta do café. Acompanha fazendeiros enriquecidos que desfilam seu orgulho por cafés e restaurantes da moda, ao mesmo tempo que ri das fanfarronices de seus instrumentos políticos, sobretudo dos militares. Enquanto gênero macarrônico, seu texto cria uma espécie de alegoria cômica do Brasil, proporcionando-lhe independência para criticar a sociedade literária, desmontando, por meio da destruição das aparências, as relações estruturais da sociedade.
FONTE: SALIBA, E. T. . Raízes do Riso. A representação humorística na história brasileira: da Belle Époque aos primeiros tempos do rádio. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
ANTUNES, Benedito. JUO BANANERE: AS CARTAS D’ABAIXO PIQUES. São Paulo: Editora da Unesp, 1988.
Descrição retirada de: LUCA, Tania Regina de (org.). Catálogo da Hemeroteca do Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa (Cedap). Assis: FCL-UNESP-Assis Publicações, 2011. Disponível em: https://www.assis.unesp.br/Home/pesquisa/cedap/catalogo_hemeroteca.pdf
Números disponíveis no acervo:
https://www.assis.unesp.br/Home/pesquisa/cedap/2024_catalogo_hemeroteca.pdf
Nível de descrição
Data (descrição)
2024/09/18 (cadastrado por Maria Clara Camargos Teles)